O significado etimológico da palavra relaciona-se com algo como “relâmpago” e “de dentro para fora”, o que traduz afinal um acontecimento rápido e difícil de controlar. Trata-se de uma alteração que ocorre na gravidez, geralmente na segunda metade da gestação e que classicamente se traduz por tensão arterial elevada, edema e perda de proteína na urina. Quando a este quadro se juntam convulsões passamos a falar de eclâmpsia, felizmente cada vez mais rara…

Existem alguns fatores de risco que são identificados pelo obstetra, sendo mais frequente nas idades extremas da vida fértil da mulher: nas grávidas muito jovens ou nas que estão quase a encerrar esse ciclo e a aproximar-se da menopausa. Vigiar a tensão arterial na consulta parece um momento desprovido de significado, já que tendencialmente as mulheres jovens serão saudáveis e sem tensão alta, mas reveste-se de extrema importância para o diagnóstico desta situação, permitindo a maior parte das vezes a identificação e tratamento desta patologia.

Pré-Eclâmpsia

Consoante a gravidade poderá ser tratada em ambulatório sendo o primeiro gesto tao simples como o repouso ou, se mais grave, pode necessitar de internamento, tendo em vista não só o controlo da situação mas também a prevenção ou, em última instância, o tratamento das complicações. O tratamento definitivo será o parto, pelo que leva a que se opte com frequência pela indução do parto antes do termo, pesados os riscos e benefícios quer para a mãe, quer para o bebé. Ironicamente, embora se diga que o parto é curativo, as convulsões podem ainda ocorrer até 48 horas após o parto. Há no entanto terapêutica preventiva desta complicação. Se tiver essa indicação, a grávida poderá vigiar a sua tensão arterial com a regularidade que lhe tiver sido recomendada e, no caso de ter valores superiores aos estipulados pelo seu obstetra, não deverá entrar em pânico: após quatro horas e com toda a tranquilidade repetirá essa medição e se esta mostrar de novo valores elevado aí sim, deve procurar ajuda.

Pré-Eclâmpsia

Fonte:

Marcela Forjaz

Pais & Filhos, número 298, novembro 2015

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