Durante a gravidez, são comuns os incómodos, os desconfortos, as sensações estranhas e os sintomas típicos. No entanto, nem sempre é fácil para a grávida perceber quais os sintomas normais ou quais os sintomas que não deve ignorar e necessitam de cuidados específicos e/ou intervenção médica. É importante que tente perceber quais os sintomas que podem ser mais ou menos preocupantes, tendo em conta os seus antecedentes clínicos e tempo de gestação. Como tal, deverá apresentar todas as suas dúvidas ao médico, bem como informá-lo sobre o seu historial médico e sintomas durante a gravidez.

Assim, existe um conjunto de sintomas que não deve ignorar, devendo contactar o médico:

  • Dores abdominais fortes ou persistentes;
  • Pressão pélvica constante ou dores intensas no fundo das costas;
  • Pouca ou nenhuma vontade de urinar;
  • Vómitos constantes ou acompanhados de dores ou febre;
  • Febre acima dos 38º C ou arrepios;
  • Comichão perseverante em todo o corpo, sobretudo se for acompanhada de pele amarelada (icterícia), urina escura ou fezes claras;
  • Perturbações na visão, como é o caso de visão dupla, desfocada, com flashes ou luzes;
  • Dores de cabeça fortes que persistem durante mais de duas ou três horas;
  • Mãos, rosto e olhos inchados;
  • Aumento de peso repentino e evidente;
  • Cãibras intensas ou dores nas pernas constantes para as quais não consegue encontrar alívio;
  • Desmaios ou tonturas com ou sem palpitações cardíacas.

Sintomas Que Não Deve Ignorar

 

Hemorragias ou perdas de sangue

A gravidade das perdas de sangue vaginais depende da fase da gravidez em que se encontra. Nas primeiras semanas de gestação, as hemorragias podem indicar um problema na inserção da placenta, ou seja, uma complicação no posicionamento da placenta, que por vezes se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. Normalmente, esta complicação é solucionável com repouso.

Contudo, as ameaças de aborto espontâneo também são frequentes no período inicial da gravidez  e muitas vezes ocorrem por causas desconhecidas como problemas com o desenvolvimento do feto. Por vezes, as hemorragias podem significar um aborto espontâneo. Em outros casos, um pouco mais raros, as perdas de sangue podem estar relacionadas com uma  gravidez ectópica - o óvulo fertilizado implanta-se fora do útero, geralmente nas trompas -, com a mola hidatiforme (isto é, não há desenvolvimento do embrião, mas sim degeneração do tecido placentar), ou a tentativa de expulsão do chamado ovo cego, um óvulo fecundado que não se desenvolve.

Na segunda metade da gravidez, qualquer hemorragia ou perda de sangue deve ser considerada perigosa, uma vez que poderá indicar um parto prematuro, e como tal a intervenção médica é urgente. Neste período, o deslocamento prematuro da placenta normalmente inserida - muitas vezes associado a hipertensão da futura mamã - ou placenta prévia - localizada na zona inferior do útero - são as principais causas das hemorragias.

 

Perda de líquido amniótico

No final do período de gestação, a pressão do bebé sobre a bexiga da futura mamã leva muitas vezes a uma perda discreta e involuntária de urina. Além disso, há ainda um aumento significativo da secreção vaginal. Contudo, estes sintomas frequentes na gravidez não devem ser confundidos com a perda de líquido amniótico, que normalmente indica uma rutura na bolsa que protege o bebé. As diferenças são facilmente identificáveis: o líquido amniótico é aquoso, e não viscoso como a secreção vaginal, é transparente com pontinhos brancos e, normalmente quando há rutura da bolsa, o líquido escorre pelas pernas.

 

Sensação de peso e hemorragia

Estes dois sintomas - a sensação de peso e hemorragia - podem ser sinal de que o colo do útero está a dilatar-se prematuramente, indício típico de um distúrbio conhecido por incompetência cervical, ou seja, a incapacidade do colo uterino de manter uma gravidez. Quando o diagnóstico é realizado atempadamente, o tratamento quase sempre é cirúrgico, fazendo-se uma cerclage no colo do útero. As mulheres que já têm historial de abortos prematuros devem ficar especialmente atentas a estes sintomas.

 

Redução dos movimentos fetais

No terceiro trimestre de gravidez, qualquer redução repentina e nítida dos movimentos do bebé deve ser imediatamente comunicada ao seu médico. Este é um dos sintomas que pode indicar que há algum problema com a gravidez ou que há  sofrimento fetal. Talvez possa ser necessário realizar um CTG (cardiotocografia) para avaliar o bem-estar do bebé.

 

Contrações

Ao longo da gestação, as contrações por vezes assustam mais do que o risco real que representam para a grávida e para o bebé. No entanto, quando as contrações são especialmente dolorosas, o ideal é contactar o médico, que fará um diagnóstico e irá esclarecer quaisquer dúvidas. Por outro lado, é importante que saiba reconhecer o início do trabalho de parto. As contrações têm um ritmo e frequência muito próprios e vêm acompanhadas de dor e endurecimento da barriga.

 

Dor ou ardor a urinar

Estes são sinais típicos de infeção urinária, sendo que por vezes vêm acompanhados de febre. Caso sinta dor ou ardor a urinar deve contactar o médico que, através de um exame específico à urina, conseguirá fazer um diagnóstico, bem como prescrever o tratamento mais indicado, que normalmente requer sempre o uso de antibióticos para evitar eventuais complicações, como por exemplo o comprometimento dos rins da grávida, parto prematuro ou complicações com a saúde do feto.

 

Fadiga ou mal-estar constante

Em muitos casos, estes sintomas podem estar relacionados com anemia. Assim, é provável que o seu médico lhe prescreva um exame ao sangue para que seja possível identificar a carência de ferro, muito frequente na gravidez. Normalmente, o tratamento requer apenas uma alteração para uma dieta mais adequada, às vezes acompanhada de um suplemento vitamínico. Em alguns casos, se esses sintomas vierem acompanhados de desmaio, é pode ser necessário realizar exames mais completos, incluindo avaliações cardiológica e neurológica.

 

Corrimento vaginal

O corrimento vaginal só é considerado anormal se for em excesso, tiver um cheiro desagradável, uma cor amarela ou verde ou provocar prurido (comichão). Estes são sinais comuns da vaginite, uma inflamação dos tecidos da vagina causada por microorganismos.

 

 

ATENÇÃO! Deve consultar regularmente o seu médico ou obstetra, sendo todo o conteúdo do BABYSTEPS meramente informativo. 

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